SILVA TELLES E OS 100 ANOS DO ENSINO SUPERIOR DA GEOGRAFIA EM PORTUGAL

Dimension: px
Commencer à balayer dès la page:

Download "SILVA TELLES E OS 100 ANOS DO ENSINO SUPERIOR DA GEOGRAFIA EM PORTUGAL"

Transcription

1

2 SILVA TELLES E OS 100 ANOS DO ENSINO SUPERIOR DA GEOGRAFIA EM PORTUGAL Edições Colibri * Associação Portuguesa de Geógrafos Logotipos na contracapa FCT e UE (?) esclarecer

3 Ficha Técnica Direcção Mário Vale Secretariado de redacção Eduardo Brito Henriques Maria José Boavida Nunho Ganho Teresa Sá Marques Conselho de redacção Álvaro Domingues Ana Ramos Pereira Emília Sande Lemos Fernanda Cravidão João Ferrão João Guerreiro José António Tenedório João Manuel Simões Lúcio Cunha Maria José Roxo Maria Leal Monteiro Maria Lucinda Fonseca Nuno Neves Teresa Barata Salgueiro Propriedade do título Associação Portuguesa de Geógrafos Edição e distribuição Edições Colibri / Associação Portuguesa de Geógrafos Correspondência APG Instituto de Ciências Sociais Av. Prof. Aníbal Bettencourt, n.º Lisboa Tel/Fax: apg@ics.ul.pt Impressão Colibri Artes Gráficas ISSN Depósito legal n.º /97 Impressa em Janeiro de 2006 Revista de distribuição gratuita para sócio da APG Preço de venda ao público: 10,50 Tiragem: 600 exemplares A opinião expressa nos artigos é da exclusiva responsabilidade dos autores Edição com o apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia

4 Í N D I C E Nota Editorial Comemorar Silva Telles e os 100 anos do Ensino Superior da Geografia ARTIGOS Vincent Berdoulay - Lhistoire de la pensée géographique: enjeux cosmopolitiques Josefina Gómez Mendoza - Manuel de Terán ( ). En su centenario, evocación de un Geógrafo Ibérico Marie-Claire Robic - Approches actuelles de l histoire de la géographie en France. Du provincialisme, construire des géographies plurielles Paola Sereno - Lieux et portraits de la Géographie en Italie a lépoque Tim Unwin Years of British Geography: The challenge of relevance Ute Wardenga - German geographical thought and the development of Länderkunde NOTAS A. Campar de Almeida, Rui Missa Jacinto - A Geografia de Coimbra e a Coimbra 2003, Capital Nacional da Cultura Manoel Fernandes de Sousa Neto - Por uma História do PensamentoGeográfico no Brasil Josefina Gómez Mendonza, Jacobo García Álvarez, Daniel Marías Martínez - El grupo de trabajo de Historia del Pensamiento Geográfico de la Asociación de Geógrafos Españoles. Origen, objectivos y actividades ( ) Maria Joaquina Feijão - The History of Cartography in Portugal,

5 ÍNDICE Nota Editorial... 7 Comemorar Silva Telles e os 100 anos do Ensino Superior da Geografia em Portugal... 9 ARTIGOS Vincent Berdoulay, «L histoire de la pensée géographique: enjeux cosmopolitiques» Josefina Gómez Mendoza, «Manuel de Terán ( ). En su centenario, evocación de un Geógrafo Ibérico» Marie-Claire Robic, «Approches actuelles de l histoire de la géographie en France. Du provincialisme, construire des géographies plurielles» Paola Sereno, «Lieux et portraits de la Géographie en Italie a l époque de son institutionnalisation» Tim Unwin, «100 Years of British Geography: The challenge of relevance» Ute Wardenga, «German geographical thought and the development of Länderkunde» NOTAS A. Campar de Almeida, Rui Missa Jacinto, «A Geografia de Coimbra e a Coimbra 2003, Capital Nacional da Cultura» Manoel Fernandes de Sousa Neto, «Por uma História do Pensamento Geográfico no Brasil» Josefina Gómez Mendonza, Jacobo García Álvarez, Daniel Marías Martínez, «El grupo de trabajo de Historia del Pensamiento Geográfico de la Asociación de Geógrafos Españoles. Origen, objectivos y actividades ( )» Maria Joaquina Feijão, «The History of Cartography in Portugal, »

6

7 NOTA EDITORIAL Passaram cem anos desde a criação da cátedra de Geografia no Curso Superior de Letras, em Lisboa, no ano de 1904, ocupada por Silva Telles, um dos maiores vultos da Geografia portuguesa. A Associação Portuguesa de Geógrafos não podia deixar de assinalar esta importante data, tendo apoiado activamente um conjunto de eventos preparados por uma Comissão Organizadora, coordenada por João Carlos Garcia, a quem a APG está reconhecida pelo excelente desempenho e contributo para a divulgação da Geografia portuguesa no país e no estrangeiro. A realização do Colóquio Silva Telles permitiu reunir um conjunto de comunicações de investigadores internacionais de grande reputação no estudo da Evolução do Pensamento Geográfico em Espanha, França, Itália, Reino Unido e Alemanha. Aproveitando esta oportunidade, a INFORGEO publica essas intervenções, contribuindo para uma divulgação mais ampla, entre a comunidade geográfica nacional, das trajectórias científicas de importantes escolas do pensamento geográfico. Esta é a razão pela qual este número duplo temático apresenta uma estrutura diferente dos números anteriores. Mário Vale

8

9 COMEMORAR SILVA TELLES E OS 100 ANOS DO ENSINO SUPERIOR DA GEOGRAFIA EM PORTUGAL João Carlos Garcia * Maria José Aurindo ** José Ramiro Pimenta * Ana Francisca de Azevedo *** Silva Telles ( ) o mais ilustre representante da Ciência geográfica em Portugal. Hermann Lautensach Francisco Xavier da Silva Telles (Pondá, Goa, 1860-Lisboa, 1930) é de há muito um nome maior da Geografia portuguesa, não só por ter ocupado a primeira cátedra de Geografia no ensino superior em Portugal, mas também pelos trabalhos científicos que desenvolveu e pela influência do seu magistério. Na passagem do primeiro centenário da criação da cátedra de Geografia no Curso Superior de Letras, em Lisboa, em 1904, foi proposta à Direcção da Associação Portuguesa de Geógrafos, por um grupo de sócios coordenado por João Carlos Garcia, a comemoração do facto, através de uma série de eventos que decorreram entre 25 e 27 de Novembro de Para a constituição da Comissão Organizadora foram feitos convites entre os mais jovens geógrafos dos diversos Departamentos de Geografia das Universidades portuguesas, procurando captar vontades para um campo de investigação pouco desenvolvido entre nós, o da Evolução do Pensamento Geográfico. A Comissão Organizadora contou de início com João Carlos Garcia e José Ramiro Pimenta, do Departamento de Geografia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Maria José Aurindo, do Departamento de Geografia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Ana Francisca de * Departamento de Geografia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. ** Departamento de Geografia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. *** Departamento de Geografia e Planeamento do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho. Inforgeo, 18/19, Lisboa, Edições Colibri, 2006, pp. 9-17

10 10 Inforgeo 18/19 Azevedo, do Departamento de Geografia e Planeamento da Universidade do Minho e Francisco Choupina, do Departamento de Geografia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Foi nosso entendimento dar um carácter nacional, e não estritamente universitário, a estas comemorações, daí a proposta ter sido feita à Associação Portuguesa de Geógrafos e a realização decorrer na Sociedade de Geografia de Lisboa, instituição à qual Silva Telles se encontrava intimamente ligado. A proposta de programa contemplava um colóquio, uma exposição e a edição das obras de Silva Telles. Se o acolhimento da ideia junto da Associação Portuguesa de Geógrafos foi caloroso, não o foi menos na Sociedade de Geografia de Lisboa, através do seu Presidente, o Prof. Doutor Luís Aires-Barros. O arquivo, a biblioteca e a mapoteca da instituição foram postos à nossa disposição para neles efectuarmos as nossas pesquisas. Queremos aqui deixar um agradecimento particular ao Secretário da SGL, Senhor Comandante Eugénio Terra da Mota, bem como à Dr.ª Helena Grego e ao Senhor Carlos Ladeira, por todo o interesse demonstrado. Além da Sociedade de Geografia de Lisboa contámos com o apoio e atenção das Direcções e funcionários da Casa de Goa e da Biblioteca Municipal de Orlando Ribeiro, locais onde se desenrolou parte do programa comemorativo. O colóquio, ponto alto do programa, foi pensado como uma retrospectiva da evolução do pensamento geográfico europeu no último século, em torno das escolas geográficas nacionais, com as quais Portugal e a Geografia portuguesa mais contactos mantiveram: a espanhola, a francesa, a inglesa, a alemã e a italiana. Recordando as ligações estabelecidas aquando da reunião da Comissão do Pensamento Geográfico da União Geográfica Internacional, ocorrida em Lisboa, em 1998, foram convidados alguns dos mais conhecidos geógrafos estrangeiros, que trabalham neste campo. O contacto estabelecido com a Família Silva Telles Nolasco revelou-se particularmente enriquecedor, não só por toda a atenção e simpatia com que os netos e bisnetos do Prof. Silva Telles acompanharam os trabalhos dos geógrafos, como a disponibilidade que mostraram na cedência de muito e valioso material iconográfico, bibliográfico e museológico para a exposição ocorrida na Sociedade de Geografia de Lisboa. Graças a esse interesse, em particular da Senhora Dr.ª Maria Christina da Silva Telles Nolasco e do Senhor Eng.º João Pedro da Silva Telles Nolasco, contamos ser possível divulgar em breve, alguma da documentação geográfica. Paralelamente decorreu também a inventariação e recolha de informação biográfica e das obras de Silva Telles em diversas instituições: Biblioteca Nacional, Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, Biblioteca da Sociedade de Geografia de Lisboa, Arquivo e Biblioteca de Marinha, Arquivo da Reitoria da Universidade de Lisboa, Bibliotecas das Faculdades de Letras das

11 Comemorar Silva Telles e os 100 anos do Ensino Superior em Portugal 11 Universidades de Lisboa e de Coimbra e Biblioteca Pública Municipal do Porto. A ideia inicial de preparar um volume das Obras Completas revelou- -se impossível de concretizar pela dimensão do universo encontrado. Optou- -se por organizar apenas o conjunto dos textos relacionados com aspectos teóricos e do ensino superior da Geografia, sob o título: A Ciência Geográfica. O trabalho incluiu um estudo introdutório de José Ramiro Pimenta e a revisão dos originais impressos foi feita por Nicole Devy-Vareta e Filipa Fontinha. O programa das comemorações foi publicitado pela primeira vez no V Congresso da Geografia Portuguesa Portugal: Territórios e Protagonistas organizado pela APG, na Universidade do Minho, em Guimarães, em Outubro de 2004 e esteve presente nos sítios web da Asociación de Geógrafos Españoles e da União Geográfica Internacional, graças ao interesse do Dr. Daniel Marías e do Prof. Vincent Berdoulay, respectivamente. Cartaz do Colóquio Silva Telles O Colóquio decorreu na Sala Algarve, da Sociedade de Geografia de Lisboa, nos dias 25 e 26 de Novembro de 2004, onde também esteve patente a exposição bio-bibliográfica. Na sessão de abertura usaram da palavra o Professores Doutores Luís Aires-Barros, Presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa, Mário Vale, Presidente da Associação Portuguesa de Geógrafos, e João Carlos Garcia, pela Comissão Organizadora, estando presentes na mesa o Professor Doutor

12 12 Inforgeo 18/19 Vincent Berdoulay, Presidente da Comissão de Evolução do Pensamento Geográfico, da União Geográfica Internacional e o Senhor Engenheiro João Pedro da Silva Telles Nolasco, neto do homenageado. Seguiu-se a conferência do Professor Doutor Vincent Berdoulay, da União Geográfica Internacional, sob o título L histoire de la pensée géographique: enjeux cosmopolitiques. A apresentação do convidado e a coordenação dos trabalhos estiveram a cargo do Professor Doutor João Carlos Garcia. No final da tarde foi inaugurada a exposição sobre a vida e obra de Silva Telles, organizada com materiais de duas proveniências: obras impressas (monografias e periódicos) e cartografia (manuscritos e impressos) da biblioteca e da mapoteca da Sociedade de Geografia de Lisboa; e documentação e objectos diversos (fotografias, correspondência, diplomas, diários) do espólio da Família Silva Telles Nolasco. A mostra foi estruturada em núcleos temáticos correspondentes às fases da vida pessoal e científica do homenageado: 1 A Índia Portuguesa na vida e obra de Silva Telles, 2 A Medicina: formação e divulgação, 3 Os Estudos Coloniais, 4 Os Estudos de Antropologia, 5 A Família e os Amigos, 6 A Ciência Geográfica, 7 O Ensino da Geografia, 8 O Trabalho de Campo, 9 A Divulgação Científica, 10 Silva Telles: cidadania e política. A Sociedade de Geografia de Lisboa expôs igualmente o retrato de Silva Telles inaugurado aquando da sessão solene em sua homenagem realizada por aquela instituição, em Na abertura da exposição foi distribuído um guião preparado por João Carlos Garcia e Maria José Aurindo, que incluía uma tábua biográfica do Prof. Silva Telles e a sua bibliografia activa e passiva, bem como a descrição física de todas as peças expostas.

13 Comemorar Silva Telles e os 100 anos do Ensino Superior em Portugal 13 Maria Aurindo Inauguração da exposição sobre a vida e obra de Silva Telles Maria Aurindo O secretariado do colóquio esteva a cargo dos Drs. Jorge Macieirinha Ribeiro e Nuno da Silva Costa, bolseiros de investigação científica do Instituto de Investigação Científica Tropical. O segundo dia de trabalhos iniciou-se com a conferência da Professora Doutora Josefina Gómez-Mendoza, da Universidad Autónoma de Madrid, sob o título, El Pensamiento Geográfico en España, seguindo-se-lhe as conferências da Professora Doutora Marie-Claire Robic, do Centre Nationale de la Recherche Scientifique, de Paris, Approches actuelles de l histoire de la Géographie en France, e da Professora Doutora Paola Sereno, da Universidade de Turim, Lieux et portraits de la Géographie en Italie à l époque de sa institutionalisation. A apresentação dos convidados e a coordenação dos trabalhos esteve a cargo da Professora Doutora Nicole Devy-Vareta. Durante a tarde foram apresentadas as conferências dos Professores Doutores Tim Unwin, da Universidade de Londres, sob o título 100 Years of British Geography: the challenge of relevance, e Ute Wardenga, da Universidade de Leipzig, German Geographical thought and the development of Länderkunde. A apresentação dos convidados e a coordenação dos trabalhos esteve a cargo da Professor Doutor Jorge Malheiros. A terminar falou o Professor Doutor Ilídio do Amaral, professor jubilado da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e antigo Reitor da mesma Universidade, sobre o tema: Silva Telles e os cem anos da Geografia

14 14 Inforgeo 18/19 em Portugal. Intervenção do Professor Doutor Ilídio do Amaral Maria Aurindo A segunda jornada de trabalhos terminou na Casa de Goa, em Alcântara, já que a comunidade goesa não quis deixar de se associar a estas comemorações. Na apresentação do volume A Ciência Geográfica. Obras de Silva Telles, com introdução de José Ramiro Pimenta (Lisboa: Associação Portuguesa de Geógrafos, 2004), usaram da palavra os Professores Doutores Narana Coissoró, Presidente da Casa de Goa, Mário Vale, Presidente da Associação Portuguesa de Geógrafos, e Jorge Gaspar, Presidente do Departamento de Geografia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, que recordaram Silva Telles como goês e como geógrafo. Seguiu-se um apontamento musical pelo Grupo Ekvat da Casa de Goa que executou música tradicional de Goa. No salão de festas da instituição foi descerrado um retrato do Prof. Silva Telles. Terminou esta simpática recepção pela comunidade goesa com uma merenda típica. Este simpático acolhimento foi possível devido à colaboração de José Maria Furtado e Joaquim Manuel Lopes Pereira, respectivamente Secretário- -Geral e Director Financeiro da Casa de Goa, a quem deixamos os nossos sinceros agradecimentos por toda a ajuda prestada. A manhã de Sábado decorreu nas instalações da Biblioteca Municipal de Orlando Ribeiro, em Telheiras. A primeira intervenção foi feita pela Professora Doutora Suzanne Daveau, do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa, que falou sobre a vida e obra de Orlando Ribeiro e, particularmente, sobre a sua biblioteca e espólio científico, apresentando o site Orlando Ribeiro, desde

15 Comemorar Silva Telles e os 100 anos do Ensino Superior em Portugal 15 então disponível na internet, em: Intervenção dos Professores Doutores Narana Coissoró e Jorge Gaspar Maria Aurindo Maria Aurindo

16 16 Inforgeo 18/19 Narana Coissoró recebendo convidados e comissão organizadora na Casa de Goa Maria Aurindo Professora Doutora Suzanne Daveau, do CEG-UL, apresentando o site Orlando Ribeiro Durante a segunda parte da manhã decorreu uma mesa redonda sobre O Ensino Superior da Geografia em Portugal, coordenada pelo Professor Doutor Mário Vale, tendo em vista o ponto da situação do ensino da Geografia em Portugal, no seu enquadramento europeu, à luz do Processo de Bolonha. Estiveram presentes como representantes dos diversos Departamentos de Ensino Superior de Geografia: Professora Doutora Eduarda Marques da Costa da Universidade de Lisboa; Professor Doutor António Campar, da Universidade de Coimbra; Professor Doutor Hélder Marques, da Universidade do Porto; Professor Doutor João Sarmento, da Universidade do Minho; Professor Doutor José Lúcio, da Universidade Nova de Lisboa; Professora Doutora Virgínia Henriques, da Universidade de Évora; e Doutor Jorge Gonçalves da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. No entretanto, os convidados estrangeiros fizeram uma visita às modernas instalações da Biblioteca Municipal de Orlando Ribeiro, guiada pela Dr.ª Paula Pereira, seguindo-se um percurso pelo Centro Histórico de Lisboa, nos bairros da Mouraria, Castelo e Alfama. Por fim, não queríamos deixar de agradecer a todas as instituições que nos apoiaram: Câmara Municipal de Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação para a Ciência e a Tecnologia, British Council (Reino Unido) e

17 Comemorar Silva Telles e os 100 anos do Ensino Superior em Portugal 17 Ministère des Affaires Étrangères (França). Maria Aurindo Mesa redonda sobre O Ensino Superior da Geografia em Portugal Posteriormente aos eventos de Lisboa, uma parte da exposição bio- -bibliográfica sobre Silva Telles foi reposta no átrio da Biblioteca Central da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, durante o mês de Março de Esse facto só foi possível pela disponibilidade e interesse dos Drs. Isabel Leite e João Emanuel Leite, da direcção daquela instituição, a quem muito agradecemos. Este nosso investimento em torno da figura de Silva Telles dará como próximos frutos: a reposição da exposição bio-bibliográfica na Universidade do Minho, ao cuidado do respectivo Departamento de Geografia, e a publicação de um número especial da série Memórias da Sociedade de Geografia de Lisboa, dedicado a Silva Telles. Através dele se divulgarão alguns dos principais momentos ocorridos na instituição e documentos então exibidos: o programa do colóquio, as intervenções dos Professores Doutores Aires- -Barros e Ilídio do Amaral, a tábua biográfica e a bibliografia do Prof. Silva Telles e o catálogo da exposição, com a reprodução de algumas das fotografias históricas e a transcrição de peças da correspondência. Responderemos assim ao amável convite que nos foi endereçado pelo Prof. Aires-Barros, Presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa. O projecto de futuro é o da edição crítica dos restantes estudos de Silva Telles, de modo a colocar à disposição da comunidade dos geógrafos portu-

18 18 Inforgeo 18/19 gueses, em particular, e do público, em geral, a Obra Completa do autor.

19 ARTIGOS

20

21 L HISTOIRE DE LA PENSÉE GÉOGRAPHIQUE: ENJEUX COSMOPOLITIQUES Vincent Berdoulay * Pour introduire mon propos, je voudrais faire écho à quelques dates. 1998: l année et le lieu de l Exposition internationale de Lisbonne, où s affiche symboliquement l ouverture du Portugal contemporain au monde, sont aussi ceux d un important colloque de la Commission de l Union géographique internationale sur l Histoire de la Pensée géographique (Lisbonne, fin août). Comme l ont souligné ses organisateurs locaux (Alegria & Garcia, 1998), elle a permis de faire connaître les recherches d une quarantaine de géographes de 15 pays différents avec lesquels les géographes portugais n avaient eu que peu de contact jusqu alors. Or, cette réunion a eu aussi le mérite de montrer combien l évolution des idées géographiques était liée aux modalités de leur propre circulation internationale: Comprendre comment les idées circulent et se transforment dans le processus lui-même, et comprendre comment le déplacement lui-même induit une transformation de la connaissance, cela permet de mieux saisir l interrelation des idées et de leurs contextes (Berdoulay et Gómez Mendoza, 1998, p. 15). La réunion de Lisbonne constitua une occasion intéressante pour le géographe d appliquer sa propre démarche à l histoire de sa discipline. Mais en même temps, une interrogation et un espoir se dessinaient face au spectre d une uniformisation du monde ou à celui de sa fragmentation: Entre uniformisation et fragmentation, la compréhension des modalités de circulation des idées géographiques peut aider à préserver et encourager une perspective mondiale sur la diversité créatrice (ibid.). C est à ce type de préoccupation que mon propos veut faire référence. Mais d abord, deux autres dates. * UMR 5603 CNRS-UPPA. Universidade de Pau. Inforgeo, 18/19, Lisboa, Edições Colibri, 2006, pp

22 22 Inforgeo 18/ : Point de repère choisi pour célébrer un siècle de géographie académique au Portugal (Silva Telles, rééd. 2004), c est aussi l année du centenaire de la création de l Association des Géographes Américains (AAG). Si je rapproche les deux événements, c est pour montrer que se pose la question du devenir et de la place actuelle d une géographie nationalement constituée sur la scène internationale. Est-ce que 1904 symbolise une extension de la géographie qui s est déjà constituée ailleurs en Europe? Ou symbolise-t-elle une formulation singulière, avec une personnalité propre? Ou exprime-t-elle la renaissance de la grande tradition géographique portugaise inaugurée dès la fin du Moyen Age? En somme, les questions soulevées au colloque de Lisbonne en 1998 demeurent pertinentes. Enfin, un siècle plus tôt, 1804 correspond à l année de la mort d Emmanuel Kant, dont l œuvre marque fondamentalement la façon dont la Modernité est formulée. Il venait de publier quelques années auparavant Zum ewigen Frieden, un Projet de paix perpétuelle, dans lequel il tirait parti de nombre de ses précédentes méditations philosophiques, politiques et géographiques. Ce projet s inscrivait dans sa volonté d énoncer les fondements et les principes d une cosmopolitique, c est-à-dire d une politique permettant de faire cohabiter les habitants de la Terre. 1804, c est aussi l année de la fin du grand périple scientifique d Alexandre de Humboldt en Amérique: son retour en Europe symbolise deux mouvements particuliers de mondialisation. Le premier est celui du retour d expérience l information recueillie doit être traitée scientifiquement alors que le second mouvement correspond à la présence active d un nouveau monde sur une scène scientifique qui était jusque là fondamentalement européenne. Or ce double mouvement de mondialisation va paradoxalement se déployer en rapport avec une Europe scientifique qui se restructure et s institutionnalise sur des bases de plus en plus nationales. Ces quelques points de repères suffiront pour évoquer combien il y a de la géographie politique dans l évolution de la pensée géographique, ou plus exactement combien cette histoire est liée à des enjeux cosmopolitiques. Ne s agit-il pas comme le désigne ce terme de rapports entre mondes différents, entre l universel et la diversité? J aborderai ici quelques aspects de ce questionnement à partir de l observatoire qu a constitué pour moi la Commission de l UGI sur l Histoire de la Pensée géographique, dans laquelle j ai exercé les fonctions de président pendant les derniers 8 ans ( ) et aux activités de laquelle j avais déjà participé peu après ses débuts. Certes, il s agit d un point d observation qui ne peut pas prétendre à la représentativité de la recherche en ce domaine. En revanche, la Commission, qui s est trouvée à la croisée de multiples courants et intérêts de part le monde, tantôt les subissant, tantôt en étant l instigatrice, fournit un précieux échantillon de ce que l international a pu provoquer comme débat d idées. Fondée en 1968 au sein de l UGI Union scientifique déjà bien marquée par des enjeux géopolitiques dès ses

23 L Histoire de la Pensee Géographique 23 origines (Robic et al., 1996) la Commission témoignait du désir des géographes de faire le point sur l évolution de leur discipline. Or, ce n est que progressivement que la Commission a traduit une inquiétude quant aux modalités de mondialisation de la pensée géographique. Je commencerai donc par rappeler les relations entre le souci de mondialisation et l attention portée à la diversité à travers les thèmes traités par la Commission. Je montrerai ensuite combien cet élan a été pénétré, modifié, voire freiné, par le postmodernisme. Enfin, j évoquerai certains thèmes qui, depuis quelque temps, servent à éviter les impasses auxquelles le postmodernisme mène fréquemment, et à esquisser quelques conditions d un renouveau de l histoire de la pensée géographique dans une perspective plus cosmopolitique. Une interrogation croissante sur la mondialisation et la diversité L élargissement progressif de l éventail d intérêt des géographes qui se sont penchés sur l histoire de leur discipline est bien illustré par l évolution des activités de la Commission (Buttimer, 1998; Berdoulay et Mendoza, 2003). Elles témoignent d une mondialisation certes encore incomplète du regard des géographes sur leur histoire. Les premiers travaux ont mis l accent sur l étude des grandes personnalités de l histoire de la discipline, auxquelles on ajoutait celles que l on jugeait injustement méconnues. La perspective dominante reflétait à la fois un désir de faire connaître l histoire de la géographie et un souci de l élargir à des points de vue moins officiels. Ce faisant, c est un nombre croissant de contributeurs à la pensée géographique qui a été mis en valeur, comme en témoigne la collection patronnée par la Commission depuis 1974, Geographers: Biobibliographical studies. L élargissement dans le temps et dans les types d activités jugées géographiques fait écho à un élargissement territorial: progressivement, des habitants de diverses parties du monde ont commencé à trouver une place dans une histoire de la géographie qui était initialement abordée comme une question purement universitaire, européenne ou étatsunienne. Parallèlement, l étude des liens entre les géographes étudiés a encouragé celle des écoles de pensée. Les grandes écoles nationales du début du XXe siècle ont alors attiré l attention: la cohérence relative de leurs travaux, leurs mutations, leurs diverses institutionnalisations (par ex., Babicz, 1980). Mais dans l ensemble, les débuts de la Commission ont privilégié sinon induit une conception très universitaire et contemporaine de la géographie, c est-à-dire très occidentale, masculine, moderne. Les velléités d inclure un plus large éventail d idées se perdaient dans l anecdotique, tant le poids de la conception universitaire récente de la géographie pesait sur l évaluation des contributions des personnes étudiées. Il fallait dépasser l enfermement de cette logique.

24 24 Inforgeo 18/19 Une première voie a été ouverte par l intermédiaire de la remise en question du référent universitaire et de la recherche des prétendues influences. Cette voie correspondait à un radicale remise en question de la conception positiviste de l évolution des sciences, selon laquelle celles-ci progressent de façon linéaire, par l accroissement cumulatif des connaissances et par l objectivité des démonstrations. La clé opérationnelle de ce changement de cap a été fournie par la mise au point et la mise en application de l approche contextuelle (Berdoulay, 1981a et b). Quoique difficile à mettre totalement en œuvre, tant les liens et les médiations qui relient les idées scientifiques à leur contexte sociétal sont nombreux et complexes, cette approche a fait sauter le verrou dans lequel la vision purement académique de la discipline enfermait la compréhension que l on avait de son histoire (ibid.; Stoddart, 1981; Capel, 1982; Buttimer, 1993; Gomes, 1996; Dunbar, 2001). D importantes ouvertures sur le monde ont ainsi pu se dessiner, notamment par l intermédiaire d une prise de conscience de la diversité des sources de la créativité géographique. En effet, en montrant la complexité qui préside à l écologie de la pensée géographique, on voit comment l ancrage local de celle-ci dépend des institutions mais aussi des savoirs professionnels et des savoirs pratiques (ou ethnogéographiques ) développés par toute civilisation. Par ce souci pour la compréhension du terreau où se développe la pensée géographique, par l étude des multiples savoirs géographiques concernés, la curiosité des historiens de la géographie s est plus facilement élargie à des parties du monde qui avaient paru échapper à l influence des grandes écoles nationales, notamment allemande, française, russe et anglo-américaine (Buttimer, 1992; Berdoulay & van Ginkel, 1996; Buttimer, Brunn & Wardenga, 1999; Takeuchi, 2000). L étude du contexte des constructions nationales a particulièrement retenu l attention, car, si elle valorise la pensée géographique qui lui fait écho, elle s étend facilement à la question de l inscription territoriale de peuples sans états et aux questions ethnogéographiques en général (Hooson, 1994). Pour que l ouverture des recherches sur l évolution de la pensée géographique à toutes les cultures ne débouche pas sur une juxtaposition d études sans rapport les unes avec les autres, on a senti le besoin de se pencher sur les flux, sur la circulation des personnes et des idées, comme illustré par le colloque de Lisbonne de 1998 déjà évoqué (Berdoulay & Gómez Mendoza, 1998). La perspective s enrichit du regard géographique appliqué à lui-même, comme l y invitait l approche contextuelle. Il faut souligner que cette perspective a porté essentiellement sur une histoire qui cherche à être mondiale et non sur une histoire qui serait celle de la mondialisation avec tout son cortège de processus économiques, financiers et idéologiques. Or il y a interaction entre elles, et c est précisément autant dans le temps long que dans l extension territoriale que se sont manifestés des enjeux intrinsèque-

25 L Histoire de la Pensee Géographique 25 ment liés aux langages employés pour penser le monde. Par exemple, certains auteurs, en s appuyant sur le cas franco-espagnol, ont montré la nécessité de faire varier l échelle d observation et de chercher les clés d interprétation qui permettent de convertir les apports d une école nationale à une autre (Gómez Mendoza, Ortega Cantero & García Álvarez, 2003). C est aussi à la croisée des préoccupations pour une histoire mondiale de la géographie et pour ses langages que s est engagée une réflexion sur les modèles d écriture, ou de façon plus générale, sur les genres géographiques comme un moyen de dépasser la multiplicité des discours et pour échapper aux catégorisations en sous-disciplines et aux critères actuels de scientificité (Laplace, 2003). Les processus de construction territoriale, parce qu ils passent par la connaissance, font écho à des processus de construction cognitive du monde, et parmi eux, la pensée géographique, quel que soit son degré de formalisation et d institutionnalisation, y participe pleinement (Casti, 1998; Mercier, 2000; Mendoza Vargas et al., 2002). La question du langage avait très tôt retenu l attention de la Commission dès son colloque de Kyoto en 1980 notamment de la part de collègues japonais préoccupés de thèmes à caractère sémiologique (Suizu et al., 1980). Or, l intérêt de cette question est de ne pas se limiter au langage comme simple outil pour exprimer une pensée qui lui serait indépendante. Elle consiste au contraire à évaluer toute l épaisseur du langage, à montrer combien l évolution des idées dépend des moyens mobilisés pour les exprimer. Cette perspective discursive (formulée par Berdoulay, 1988) sur l évolution de la géographie permet de ne pas exclure des formes de pensée qui ne correspondraient pas aux conceptions dominantes. Elle a ouvert notamment la voie aux recherches qui se fondent sur le genre géographique, en tant que modalité cognitive, à la fois particulière et diverse, où convergent la pensée et l expression, l auteur et le lecteur, et qui relativise la question des critères de scientificité du discours. A cet égard, il devient clair qu en histoire de la pensée géographique, la rationalité du discours ne peut se limiter aux canons scientifiques exprimés par certains géographes universitaires occidentaux. La critique de la conception positiviste de la science a permis de voir que la rationalité ne se restreint pas à ce que le langage cartographique ou mathématique permet d exprimer. Il y a les ressources offertes par le langage naturel, et son interaction avec d autres langages (par exemple, artistique). D autres rationalités entrent alors en ligne de compte. Par exemple, la pensée mythique, qui fonde des savoirs et inspirent des pratiques dont la validité se veut corroborée par l expérience et l efficacité, prend une toute nouvelle importance dans l histoire de la pensée géographique, tant dans la tradition occidentale que dans les autres civilisations (Berdoulay & Turco, 2001). Ainsi se sont esquissées, à travers l attention portée au langage, des recherches visant à comprendre l articulation du particulier et du général, afin

26 26 Inforgeo 18/19 de dépasser une histoire de la géographie qui serait exclusivement occidentale, c est-à-dire reposant sur la seule exportation d idées européennes ou étatsuniennes, ou bien considérant celles-ci comme le critère unique d évaluation. Il est clair que trop souvent les histoires de la discipline, quand elles mentionnent les contributions d autres civilisations, les situent dans un passé révolu, sans continuité avec le présent, ou bien les résorbent dans la logique dite occidentale, par réinterprétation ou par participation. Cette approche s est avérée d autant plus choquante que la géographie est une science qui n est que partiellement formalisée et qui surtout comporte intrinsèquement une dimension sociale, culturelle et territoriale. Toutefois, l ouverture, dont témoignent les activités de la Commission, sur la multiplicité des expériences géographiques dans le monde ne pouvait éviter de croiser le défi posé par la critique postmoderniste de la pensée scientifique. Les sirènes postmodernistes La crise contemporaine de la modernité correspond à de profonds changements dans la façon dont l individu conçoit sa relation au monde naturel et humain. C est dans ce contexte que la position postmoderniste a été perçue très tôt comme un défi posé à la pensée géographique (Berdoulay, 1989). L histoire de la pensée géographique n a pas été insensible à ce mouvement. On peut même dire qu à son échelle, elle y a participé. En effet, elle était concernée par les nombreuses critiques postmodernistes d une modernité occidentale vue comme partisane, hégémonique, oppressive vis-à-vis des populations ne retenant pas les mêmes critères de rationalité et de progrès (Soja, 1993). La diversité des représentations se devait d être brandie face à la domination des intérêts qui s affichaient comme universels mais qui étaient, en fait, particuliers. La Commission a été l enjeu, direct ou le plus souvent indirect, de ce type de débats: elle révèle bien le paradoxe d un mouvement le postmodernisme qui aboutit, à mon avis, au contraire de ce qu il affiche. Ainsi s illustre l idée, toujours à mon avis, que le postmodernisme ne serait qu un des avatars de la modernité la plus critiquable. Alors que les activités de la Commission témoignaient d une volonté croissante de se dégager d une histoire de la pensée géographique qui soit purement occidentale (c est-à-dire centrée sur l Europe et les Etats-Unis), les géographes postmodernistes ont affiché leurs convictions avec une telle force que les acquis antérieurs ont été balayés sans concession. Le bébé n était-il pas été jeté avec l eau du bain? Certes, la critique postmoderniste et très pertinente des jeux de pouvoir derrière l imposition d une rationalité occidentale étroitement européo- -américaine et donc faussement universelle légitime la redécouverte de savoirs géographiques issus des populations les plus diverses et trop longtemps

27 L Histoire de la Pensee Géographique 27 laissées dans l ombre. En effet, nous connaissons mal l histoire de la pensée géographique dans toute sa diversité temporelle et spatiale. Corriger cet état de fait correspond à une aspiration aujourd hui largement répandue qui se retrouve à propos de toutes les connaissances scientifiques, mais qui pose de difficiles problèmes pour la satisfaire (Saldaña, 2000; UNESCO, 1996 et 2000). Certains se sont bornés à reconnaître l existence de quelques foyers anciens de création, non-européens, mais qui finissent par se résorber dans un main stream occidental. A l opposé, certains postmodernistes rejettent cette présentation téléologique de l évolution de la pensée scientifique (et donc géographique) et insistent sur le caractère hétérogène et fragmentaire de celle-ci, sans illusion sur son éventuelle unité. En même temps, la crise des représentations portée par le postmodernisme a accentué les interrogations sur le statut du langage et des discours dans la connaissance mais aussi dans la construction du monde. En leur conférant un rôle primordial, les postmodernistes ont eu tendance à réduire la réalité aux jeux de langage et au discours. Ayant moi-même cherché à dégager la portée du niveau discursif de la production géographique pour comprendre son histoire et sa dynamique (Berdoulay, 1988), j ai parfois été interprété comme un auteur qui se perdait dans le plus grand relativisme postmoderniste Une ambiance postmoderniste, aboutissant à un relativisme et une fragmentation croissante de la connaissance, a imprégné une partie des travaux de la Commission. Comme le note A. Buttimer dans son bilan des activités de la Commission (1998, p. 96): In the 1990s many scholars have shied away from inherited meta- -themes such as paradigms, metaphors, and even epistemes. From being a universal project, scientific thought is regarded as invariably shaped by local and specific situatedness. Grand narratives are now frowned upon and enthusiasm grows about regional styles and the political geography of scientific subcultures. Conformément au credo postmoderniste selon lequel tout se vaut, toutes les façons de concevoir la géographie sont également bonnes. Il en est découlé un foisonnement d études sur les géographies les plus diverses contenues dans les aménagements humains de la terre. Le congrès international de La Haye (Den Haag) en 1996 correspond certainement à l apogée de ce point de vue dans les activités liées à la Commission. Les sessions d histoire de la pensée géographique regroupant les communications soumises spontanément ont présenté un large éventail d études, où se distinguait un fort intérêt pour la géographie des religions: elles allaient des caractéristiques des temples bouddhistes en Corée à l écologie religieuse d une vallée indienne. La tournure postmoderniste prise par nombre de ces travaux a certes enrichi la connaissance sur le vaste spectre des représentations de tout ce qui

28 28 Inforgeo 18/19 peut être rapporté à la pensée géographique des habitants de la terre. Mais on apprend plus sur les différences que sur les processus généraux qui peuvent apporter une perspective mondiale sur l élaboration de la pensée géographique. En amplifiant la fragmentation du monde au détriment des modalités qui la compensent, ces recherches n ont pas échappé aux impasses du postmodernisme pour fonder un monde commun. Qui plus est, l histoire de la pensée géographique s est retrouvée comme diluée au sein d autres branches de la géographie. Comme en témoigne le congrès de La Haye, elle s est le plus souvent confondue avec la géographie historique, voire la géographie culturelle ou encore l ethnogéographie. A ce congrès international, comme à celui de Séoul (2000), bien des communicants et souvent parmi les plus jeunes ont succombé aux sirènes postmodernistes en préférant participer aux sessions qui étaient structurées sous cette influence. Il est vrai que le brouillage des frontières entre branches de la géographie, comme de tout savoir, s avère très utile; mais il comporte aussi des aspects négatifs quant à la profondeur de la vision apportée par la discipline. On a ainsi perdu la vision universelle, et à cette perte s ajoute une grande absente: la réflexivité. C est pourtant la force et l intérêt du courant de recherche incarné par l histoire de la pensée géographique, et pas nécessairement l objectif premier d autres branches de la géographie. Et un inconvénient ne va pas sans l autre: en se diluant au profit d autres sous-disciplines, cette approche accentue la vision fragmentée de la pensée géographique, et surtout elle ne tient pas compte de la double distanciation épistémologique que l histoire de la pensée géographique exige entre les géographes étudiés et leurs objets de recherche, et entre l historien de la géographie et la pensée des géographes étudiés. En somme, face à la difficulté de concevoir la diversité ethnogéographique en rapport avec l unité de préoccupation qui correspond à la pensée géographique, le congrès international de 1996 a constitué un moment où il a semblé important à la Commission de redresser la barre. Le problème relevait moins de l amélioration de connaissances empiriques que de la révision de nos conceptions historiques et épistémologiques. Cela revenait à soulever à nouveau la question de l autonomie de l histoire de la pensée géographique. Il y a plus d un siècle, aux débuts de la géographie universitaire, la question s était déjà posée, et la distinction entre géographie historique et histoire de la géographie a eu du mal à se faire, tant les démarches semblaient se confondre (Claval, 1972; Bassin & Berdoulay, 2004). Ce n est que par le surcroît de réflexivité apporté par l inquiétude épistémologique lovée dans l histoire de la pensée géographique que ces deux branches ont pu clairement se distinguer pour investir des champs différents, quoique complémentaires, et démultiplier l apport du géographe. Mais il y a une différence significative entre la problématique de cette époque et la nôtre. En effet, le postmodernisme a entraîné une très forte idéo-

29 L Histoire de la Pensee Géographique 29 logisation de l histoire de la pensée géographique. Au nom de la critique qu il fait des présupposés modernistes qui ont traversé la pensée géographique, il prétend dégager des fondements nouveaux pour la géographie. L histoire devient plus un recueil d effets de pouvoirs injustes à dénoncer et d idées à déconstruire, que le vaste champ dans lequel s est déployé avec méthode l effort humain pour se donner les moyens de mieux comprendre le monde. C est ainsi, par exemple, que la critique postcoloniale s est portée légitimement sur la dénonciation de processus de domination, et notamment sur la part considérable qui revient aux discours; mais la concentration exclusive sur ces processus laisse de côté les tâtonnements des acteurs, leurs initiatives, et les expérimentations dont la portée fut considérable, notamment pour la pensée aménagiste (Godlewska et Smith, 1994; Soubeyran, 1997). Au fond au risque de la provocation je dirais que le parti pris postmoderniste semble avoir plus appauvri l histoire de la pensée géographique qu il ne l a enrichie. La puissance du courant postmoderniste a eu un effet analogue à celui du néopositivisme lors de la révolution quantitative : l histoire de la géographie était vue comme un recueil d erreurs et d impasses à éviter, à quelques exceptions près (celles des prétendus précurseurs ), et elle pouvait être résumée (sinon expédiée ) rapidement. Pour nuancer l analogie avec les effets de la vague néopositiviste, on peut noter que le postmodernisme invite davantage à revisiter le passé pour y détecter les jeux de pouvoir et de discours. Mais ce faisant, l histoire de la pensée géographique fait véritablement place à de la géographie historique. Le paradoxe est alors à son comble. Au nom du relativisme qu impose la critique de la pensée moderniste, le postmodernisme induit un point de vue qui se mue rapidement en celui du détenteur de vérité. L effet de mode et le substrat le plus souvent néo-marxiste de ses partisans y sont certainement pour beaucoup (Claval, 1992). Soumise à ces nouveaux dogmes, l histoire de la pensée géographique se peuple de visions stéréotypées qui sont le contraire même du meilleur de ce qu elle a pu apporter. Beaucoup de jeunes chercheurs, leurrés par les certitudes du postmodernisme, se sont détournés de l approfondissement de l histoire de la pensée géographique, préférant la subsumer sous une géographie historique, comme l ont illustré leurs propres communications au congrès de Séoul. Pour aggraver cette mauvaise passe traversée par l histoire de la pensée géographique, il faut souligner qu elle a été soumise à la conjonction de ce postmodernisme triomphant avec une hégémonie mondiale croissante des institutions scientifiques anglophones sur la recherche. Le transfert des modes de fonctionnement de l AAG (Association of American Geographers) sur l UGI en est un exemple caractéristique. Surtout, la domination linguistique de l anglais dans l institutionnalisation actuelle de la communication scientifique ne favorise pas, loin s en faut, l internationalisation de ses contribu-

30 30 Inforgeo 18/19 tions. Et ce, d autant plus que les revues prétendument internationales de langue anglaise s avèrent très localistes (Schmitz, 2003; Garcia-Ramon, 2003; Coll-Hurtado, 2003). En fait, l homogénéisation qui en découle est fortement imbriquée aux intérêts économiques et politiques qui structurent de façon croissante l espace de la publication scientifique et la gouvernance universitaire (Kitchin, 2003; Paasi, 2005). Par un retournement qui n est pas exceptionnel dans l histoire des idées, le postmodernisme qui prêchait un relativisme apte à reconnaître les différences culturelles a conduit à promouvoir une dépendance de l histoire de la pensée géographique à l égard d une vision hégémonique et nombriliste induite par une culture particulière. Le postmodernisme, comme bien des idéologies qui semblent contester une domination, ne finit que par la conforter. On voit combien l histoire de pensée géographique peut servir à se distancier de tels enjeux particuliers, sinon impériaux, et combien elle peut être utile au développement d une pensée cosmopolitique. Une sortie de crise autour de quelques thèmes Depuis 1996, la prise de conscience progressive, au sein de la Commission, de la nécessité d affronter la crise postmoderne de l histoire de la pensée géographique a conduit à la recherche d un renouvellement du regard qu elle avait induit jusque là. Elle a tout d abord cherché à insister sur le caractère indispensable de la dimension réflexive dans la contribution que peut apporter l histoire de la pensée géographique. Les efforts ont porté sur la compréhension des rapports entre idées et contextes dans l histoire des approches géographiques de la diversité, de la fragmentation et des changements du globe. En effet, les conflits contemporains, souvent violents, liés à la fragmentation politique et culturelle du monde nous invitaient non seulement à renouveler notre regard sur la pluralité de la façon de concevoir l occupation humaine de la terre, mais aussi à identifier les conditions et les moyens qui permettent de les rendre compatibles, de les faire coexister pacifiquement, de répondre, en somme, à une aspiration cosmopolitique. Il fallait revenir sur les manières dont la pensée géographique avait conceptualisé la diversité culturelle, la biodiversité et l échelle mondiale, et voir comment elle avait essayé de réconcilier les points de vue divergents. Notamment, la conscience progressive de l échelle planétaire des enjeux environnementaux sollicitait un examen critique des grands courants intellectuels de la modernité qui avaient structuré nos visions du monde et cadré scientifiquement les travaux géographiques. L objectif de la Commission a donc été de favoriser l étude à la fois mondiale et interculturelle de la pensée géographique, afin de contribuer à une vue réflexive de la pratique de la géographie.

31 L Histoire de la Pensee Géographique 31 C est dans cet esprit que s est tenu le colloque de Lisbonne, déjà évoqué, où l accent a été mis sur l importance de comprendre la circulation des idées dans la genèse des divers courants de pensée qui se sont momentanément stabilisés selon les pays et les époques (Berdoulay et Gómez Mendoza, 1998). Le contexte fourni par la chute des régimes communistes et par l augmentation des conflits politiques et culturels partout dans le monde a aussi encouragé l étude des influences religieuses et idéologiques sur la construction de la connaissance géographique (Wardenga et Wilczyński, 1998). L histoire de la pensée géographique a un rôle à jouer non seulement pour clarifier les enjeux mais surtout pour renouveler les interprétations établies sur la genèse des connaissances territoriales les plus communément utilisées par les acteurs sociaux et politiques. Elle montre quelles barrières et incompréhensions peuvent surgir dans un contexte interculturel et mondial. C est encore dans cet esprit qu ont été réexaminés les antécédents du discours géographique sur les changements du globe et sur l idée du développement durable (soutenable) qui lui est liée (Berdoulay et Soubeyran, 2000; Armstrong et Lumley, 2004). Il est notamment apparu que les idées constitutives de ces préoccupations sont anciennes mais qu elles ont commencé à se nouer lors de la fondation même de la pensée aménagiste moderne. En particulier, le détour par l expérience coloniale montre qu on y trouve énoncés les grands enjeux et les grandes approches de l incorporation des questions environnementales dans l aménagement. C est ce jeu de miroirs entre l expérience aménagiste de la colonisation et les enjeux actuels du développement durable qui permet de dépasser les aspects négatifs de celui- -ci et d en mieux cerner le potentiel d originalité pour l action aujourd hui. Confortée par ce type de recherche où l on s efforce d échapper aux chausse-trappes du postmodernisme, la Commission a ensuite resserré son questionnement sur la polarisation de l histoire de la pensée géographique entre la fragmentation et l universalité. Il s est agi de poursuivre l examen critique des façons dont la géographie s est enrichie de la diversité issue de points de vue divergents, et des façons dont elle a essayé de les réconcilier dans des contextes particuliers. C est dans cette orientation à caractère cosmopolitique que le croisement de trois grands objectifs a alors structuré les activités de la Commission. Le premier d entre eux a, bien sûr, été de continuer à avancer dans la reconnaissance des problèmes posés par la volonté de faire une histoire de la géographie qui soit véritablement mondiale, c est-à-dire qui tienne compte de sa diversité selon les pays et les époques autant que de normes scientifiques largement partagées, ce qui anima beaucoup les débats lors du symposium de la Commission à Mexico en 2001 dans le cadre du congrès international d histoire de la science (Berdoulay et Mendoza Vargas, 2003). Le principal problème tourne autour de la difficulté à éviter la fragmentation induite par le postmodernisme sans pour autant sacrifier l essentielle diversité

Gestion du risque et Sécurité civile

Gestion du risque et Sécurité civile Université Paul Verlaine - Metz (France) et l Université Fédérale Fluminense, Niteroï (Rio de Janeiro, Brazil) organisent conjointement le Colloque scientifique international / Symposium Gestion du risque

Plus en détail

A propos de la réutilisation de certaines plaques gravées en schiste de la région d Évora

A propos de la réutilisation de certaines plaques gravées en schiste de la région d Évora Recommandations aux auteurs 1. Traitement du texte Original imprimé et en disquette selon les règles suivantes: 1.1. Texte en format Word. 1.2. Texte saisi avec double interligne. 1.3. Paragraphes en retrait.

Plus en détail

RC DECENALLE DES CONCEPTEURS

RC DECENALLE DES CONCEPTEURS M. BERNARD KOSLOWSKI D IRECTOR M UNDIAL DE S UBSCRIÇÃO DE E MPRESAS - GROUPE AXA BERNARD KOSLOWSKI tem 30 anos de experiência na subscrição de contratos de seguros para actividades da construção, tanto

Plus en détail

www.u-bordeaux3.fr Master recherche Histoire des mondes moderne et contemporain

www.u-bordeaux3.fr Master recherche Histoire des mondes moderne et contemporain www.u-bordeaux3.fr Master recherche Histoire des mondes moderne et contemporain Objectif de la formation Ce master propose une formation de haut niveau en histoire moderne et contemporaine. Il a pour objectif

Plus en détail

Prova Escrita de Francês

Prova Escrita de Francês EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho Prova Escrita de Francês 10.º e 11.º Anos de Escolaridade Continuação bienal Prova 517/1.ª Fase 7 Páginas Duração da Prova: 120

Plus en détail

Présentation de la session 2015 du Master de deuxième niveau

Présentation de la session 2015 du Master de deuxième niveau Présentation de la session 2015 du Master de deuxième niveau MEDIATIONS INTERCULTURELLES LES SIGNES, LES MOTS, LES IMAGES POUR LA MISE EN ŒUVRE DE PROJETS PERSONNELS D UTILITE PUBLIQUE Directeur : prof.

Plus en détail

ZATONA- ADIL ( Apoio ao Desenvolvimento de Iniciativas Locais)

ZATONA- ADIL ( Apoio ao Desenvolvimento de Iniciativas Locais) ZATONA- ADIL ( Apoio ao Desenvolvimento de Iniciativas Locais) PROJET COMMUNAUTÉ ET L ENVIRONNEMENT SAIN RAPPORT DES ACTIVITES PERIODE Novembre 2007 Mars 2008 Avril 2008 Membro fundador da POSDEV (Organização

Plus en détail

L EMPLOI DU SUBJONCTIF DANS LES SUBORDONNÉES COMPLÉMENTS D OBJET APRÈS LES VOLITIFS

L EMPLOI DU SUBJONCTIF DANS LES SUBORDONNÉES COMPLÉMENTS D OBJET APRÈS LES VOLITIFS L EMPLOI DU SUBJONCTIF DANS LES SUBORDONNÉES COMPLÉMENTS D OBJET APRÈS LES VOLITIFS Claudia Abranches La maîtrise du subjonctif en français moderne est certainement, par sa diversité et par sa complexité,

Plus en détail

DISCIPLINES / FIELD OF STUDIES / AREAS

DISCIPLINES / FIELD OF STUDIES / AREAS DISCIPLINES / FIELD OF STUDIES / AREAS A M E N A G E M E N T E T U R B A N I S M E professionnelle Ingénierie de projets de solidarité internationale Aménagement de l'espace, urbanisme et développement

Plus en détail

MINISTÈRE DES AFFAIRES ÉTRANGÈRES DU ROYAUME DES PAYS-BAS LA HAYE

MINISTÈRE DES AFFAIRES ÉTRANGÈRES DU ROYAUME DES PAYS-BAS LA HAYE MINISTÈRE DES AFFAIRES ÉTRANGÈRES DU ROYAUME DES PAYS-BAS LA HAYE CONVENTION SUPPRIMANT L EXIGENCE DE LA LÉGALISATION DES ACTES PUBLICS ÉTRANGERS (La Haye, le 5 octobre 1961) Notification conformément

Plus en détail

LE NOUVEL ESPACE ÉLECTORAL PORTUGAIS (JANVIER 1996)

LE NOUVEL ESPACE ÉLECTORAL PORTUGAIS (JANVIER 1996) François GUICHARD, Lusotopie 1996, pp. 29-39 LE NOUVEL ESPACE ÉLECTORAL PORTUGAIS (JANVIER 1996) N < Minho Viana do Castelo MINHO Braga PORTO Bragança TRÁS-OS-MONTES Vila Real Douro < OCÉAN Aveiro ATLANTIQUE

Plus en détail

NET. Toujours plus proche de ceux qui veulent aller plus loin.

NET. Toujours plus proche de ceux qui veulent aller plus loin. NET Toujours plus proche de ceux qui veulent aller plus loin. Première connexion à BCP NET Concerne : Nouveau site BCP Net - numéro d identification BCP et Pan Card Numéro de client : XCUSTKEY Ce que vous

Plus en détail

DEPENSES PUBLIQUES ET CONTRÔLE DES FINANCES PUBLIQUES EN FRANCE GASTOS PUBLICOS E CONTROLE DAS FINANCAS PUBLICAS NA FRANCA

DEPENSES PUBLIQUES ET CONTRÔLE DES FINANCES PUBLIQUES EN FRANCE GASTOS PUBLICOS E CONTROLE DAS FINANCAS PUBLICAS NA FRANCA DEPENSES PUBLIQUES ET CONTRÔLE DES FINANCES PUBLIQUES EN FRANCE GASTOS PUBLICOS E CONTROLE DAS FINANCAS PUBLICAS NA FRANCA - 5 novembre 2014 5 de novembro de 2014 - David BARES Directeur du pôle Gestion

Plus en détail

LES NOTES D ALTAÏR. L intégration des œuvres d art dans l ISF : une mesure lourde de conséquences.

LES NOTES D ALTAÏR. L intégration des œuvres d art dans l ISF : une mesure lourde de conséquences. LES NOTES D ALTAÏR L intégration des œuvres d art dans l ISF : une mesure lourde de conséquences. Altair Think tank culture médias interpelle les parlementaires afin qu ils prennent le temps de la réflexion

Plus en détail

MERCI DE NOUS RENVOYER VOTRE TEST A : info@soft-formation.com TEST ESPAGNOL NOM DU STAGIAIRE : PRENOM DU STAGIAIRE :

MERCI DE NOUS RENVOYER VOTRE TEST A : info@soft-formation.com TEST ESPAGNOL NOM DU STAGIAIRE : PRENOM DU STAGIAIRE : MERCI DE NOUS RENVOYER VOTRE TEST A : info@soft-formation.com SOCIETE : RESPONSABLE FORMATION : TEST ESPAGNOL TELEPHONE : FAX : NOM DU STAGIAIRE : PRENOM DU STAGIAIRE : TELEPHONE : FAX : DATE DU TEST ECRIT

Plus en détail

DECLARATION UNIVERSELLE DE L UNESCO

DECLARATION UNIVERSELLE DE L UNESCO DECLARATION UNIVERSELLE DE L UNESCO SUR LA DECLARATION UNIVERSELLE DE L UNESCO SUR LA DIVERSITE CULTURELLE CULTURELLE Adoptée par la 31 e session de la Conférence Générale de l UNESCO PARIS, 2 NOVEMBRE

Plus en détail

Démarche Prospective Métier Pub/Com : Enquête en extension

Démarche Prospective Métier Pub/Com : Enquête en extension Université ParisDauphine Démarche Prospective Métier Pub/Com : Enquête en extension L Observatoire des Métiers de la Publicité a confié à Luc Boyer et Aline Scouarnec, dans le cadre d une étude prospective,

Plus en détail

APPRENDRE LA CHIMIE EN ZEP

APPRENDRE LA CHIMIE EN ZEP Résumé du rapport de recherche destiné au Centre Alain Savary, INRP APPRENDRE LA CHIMIE EN ZEP Martine Méheut, Olivier Prézeau INRP, Centre Alain Savary Apprendre la chimie en ZEP Résumé 1 Dans une perspective

Plus en détail

Licence de langues, littératures et civilisations étrangères (LLCE)

Licence de langues, littératures et civilisations étrangères (LLCE) Licence de langues, littératures et civilisations étrangères (LLCE) Espagnol Le département de Langues, Littératures et Civilisations Étrangères regroupe trois sections : anglais, espagnol, italien. Il

Plus en détail

Rapport d évaluation du master

Rapport d évaluation du master Section des Formations et des diplômes Rapport d évaluation du master Philosophie, psychanalyse de l Université Paul-Valéry Montpellier 3 Vague E 2015-2019 Campagne d évaluation 2013-2014 Section des Formations

Plus en détail

Qu est-ce que le pansori? Je voudrais pour commencer interroger les raisons qui m ont amenée à me poser cette question, et à me la poser en français

Qu est-ce que le pansori? Je voudrais pour commencer interroger les raisons qui m ont amenée à me poser cette question, et à me la poser en français AVANT-PROPOS Qu est-ce que le pansori? Je voudrais pour commencer interroger les raisons qui m ont amenée à me poser cette question, et à me la poser en français dans le cadre d une recherche avancée.

Plus en détail

P Y R É N É E S. des Pyrénées - Pau Tarbes. Établissement public d enseignement supérieur artistique. Art Art-céramique Design graphique multimedia

P Y R É N É E S. des Pyrénées - Pau Tarbes. Établissement public d enseignement supérieur artistique. Art Art-céramique Design graphique multimedia É S École supérieure d art des Pyrénées Pau Tarbes École supérieure d art des Pyrénées - Pau Tarbes Établissement public d enseignement supérieur artistique P Y R É N É E S Des formations d excellence,

Plus en détail

Rapport d'évaluation Formation conduisant à un diplôme conférant le grade de master

Rapport d'évaluation Formation conduisant à un diplôme conférant le grade de master Formations et diplômes Rapport d'évaluation Formation conduisant à un diplôme conférant le grade de master Diplôme national supérieur d expression plastique (DNSEP) option design École supérieure d art

Plus en détail

Rapport d évaluation du master

Rapport d évaluation du master Section des Formations et des diplômes Rapport d évaluation du master Administration et gestion des entreprises de l Université de Versailles Saint- Quentin-en-Yvelines - UVSQ Vague E 2015-2019 Campagne

Plus en détail

LES SANCTIONS DU POUVOIR DANS LES SOCIETES AU VENEZUELA

LES SANCTIONS DU POUVOIR DANS LES SOCIETES AU VENEZUELA LES SANCTIONS DU POUVOIR DANS LES SOCIETES AU VENEZUELA Carlos Eduardo Acedo Ancien professeur de responsabilité civile aux cours de spécialisation de la Faculté de droit de l Université Centrale du Venezuela,

Plus en détail

CHARLES DAN Candidat du Bénin pour le poste de Directeur général du Bureau international du Travail (BIT)

CHARLES DAN Candidat du Bénin pour le poste de Directeur général du Bureau international du Travail (BIT) CHARLES DAN Candidat du Bénin pour le poste de Directeur général du Bureau international du Travail (BIT) FACONNER ENSEMBLE L OIT DU FUTUR «Pour tout ce qui a été, merci. Pour tout ce qui sera, oui.» (Dag

Plus en détail

L apprentissage tout au long de la vie, une perspective européenne.

L apprentissage tout au long de la vie, une perspective européenne. L apprentissage tout au long de la vie, une perspective européenne. Erasmus + : enjeux et opportunités pour l Enseignement supérieur en Bretagne Brest, Rennes, 27 novembre 2013 Jean-Marie Filloque Vice-président

Plus en détail

Maison des Sciences de l Homme 54 Boulevard Raspail Paris (6 e )

Maison des Sciences de l Homme 54 Boulevard Raspail Paris (6 e ) COLLOQUE INTERNATIONAL 21-22 SEPTEMBRE 2010 Le marché financier pendant et après la crise financière : les fonds de pension, les épargnes salariales et leur responsabilité sociale Maison des Sciences de

Plus en détail

Les apports de l informatique. Aux autres disciplines

Les apports de l informatique. Aux autres disciplines Les apports de l informatique Aux autres disciplines Le statut de technologie ou de sous-discipline est celui de l importation l et de la vulgarisation Le statut de science à part entière est lorsqu il

Plus en détail

DEPARTEMENT ARTS, LETTRES ET LANGUES ANNEE UNIVERSITAIRE 2015-2016

DEPARTEMENT ARTS, LETTRES ET LANGUES ANNEE UNIVERSITAIRE 2015-2016 Contacts Frédéric HAMBERGER 05 63 48 19 62 frederic.hamberger@univ-jfc.fr CUFR Jean François Champollion Campus d Albi Place de Verdun 81012 ALBI Cédex 9 DEPARTEMENT ARTS, LETTRES ET LANGUES ANNEE UNIVERSITAIRE

Plus en détail

Claudio J. Reis de Carvalho Embrapa Labex Europe. René Poccard-Chapuis Cirad DP Amazonie

Claudio J. Reis de Carvalho Embrapa Labex Europe. René Poccard-Chapuis Cirad DP Amazonie Forêts, agricultures et développement territorial em Amazonie : du local au Global La conception du dispositif partenarial EMBRAPA/ UFPA/ Cirad en Amazonie Orientale Claudio J. Reis de Carvalho Embrapa

Plus en détail

LUNDI DE LA SORBONNE : Lundi 6 février 2012. Conjuguer un diplôme à l international, quelle valeur ajoutée pour l insertion professionnelle?

LUNDI DE LA SORBONNE : Lundi 6 février 2012. Conjuguer un diplôme à l international, quelle valeur ajoutée pour l insertion professionnelle? LUNDI DE LA SORBONNE : Lundi 6 février 2012 Conjuguer un diplôme à l international, quelle valeur ajoutée pour l insertion professionnelle? Martine Azuelos, responsable du Master Langues et Affaires Economiques

Plus en détail

Nous avons besoin de passeurs

Nous avons besoin de passeurs 1 Nous avons besoin de passeurs «Lier pratiques culturelles et artistiques, formation tout au long de la vie et citoyenneté» François Vercoutère Du point de vue où je parle, militant d éducation populaire

Plus en détail

KnowledgeManagement : Repartir de l individu.

KnowledgeManagement : Repartir de l individu. KnowledgeManagement : Repartir de l individu. Olivier Le Deuff Ater. Université de Lyon 3 www.guidedesegares.info Le knowledge management (KM ) est un domaine souvent considéré comme récent et dont certains

Plus en détail

Cités et Gouvernements Locaux Unis Commission de culture. Agenda 21 de la culture

Cités et Gouvernements Locaux Unis Commission de culture. Agenda 21 de la culture Cités et Gouvernements Locaux Unis Commission de culture Agenda 21 de la culture CITÉS ET GOUVERNEMENTS LOCAUX UNIS -COMMISSION DE CULTURE Agenda 21 de la culture L Agenda 21 de la culture est le premier

Plus en détail

Les investissements internationaux

Les investissements internationaux Conclusion : Doit-on réguler les IDE? Les investissements internationaux Introduction : Qu est ce qu un investissement direct à l étranger (IDE)? I) L évolution des IDE 1 Les IDE : une affaire entre riches

Plus en détail

utilisés en faveur d un relativisme culturel, allant à l encontre de l universalité des droits de l homme,

utilisés en faveur d un relativisme culturel, allant à l encontre de l universalité des droits de l homme, Documents de synthèse DS 2 20.12.09 IIEDH Observatoire de la diversité et des droits culturels Situation des droits culturels Argumentaire politique www.droitsculturels.org 1. Définition des droits culturels

Plus en détail

Comment parler de sa pratique pour la faire partager?

Comment parler de sa pratique pour la faire partager? pour la faire partager? 1. Profiter de l expérience des autres 2. Comment raconter son expérience? 2.1. Théoriser sous forme de récit 2.2. Les ingrédients de la théorisation de pratique 3. Élargir le récit

Plus en détail

PRÉFACE. représenter le roi ou la nation? Préface

PRÉFACE. représenter le roi ou la nation? Préface PRÉFACE Avaient-ils le don d ubiquité? Aux origines de ce livre, il y a une constatation qui a suscité la curiosité du chercheur : parmi les représentants de l Angleterre à l étranger, certains appartiennent

Plus en détail

Théories et critiques des sciences de la culture en Europe

Théories et critiques des sciences de la culture en Europe Théories et critiques des sciences de la culture en Europe Projet agréé comme programme de formation-recherche du CIERA Responsables Andrea ALLERKAMP, Professeure des Universités, Université de Poitiers,

Plus en détail

American University of Leadership EXECUTIVE CORPORATE TRAINING AND COACHING

American University of Leadership EXECUTIVE CORPORATE TRAINING AND COACHING American University of Leadership EXECUTIVE CORPORATE TRAINING AND COACHING American University of Leadership, Executive Corporate Training & Coaching, est au service de la formation continue depuis bientôt

Plus en détail

MASTER 1 MANAGEMENT PUBLIC ENVIRONNEMENTAL CONTENU DES ENSEIGNEMENTS

MASTER 1 MANAGEMENT PUBLIC ENVIRONNEMENTAL CONTENU DES ENSEIGNEMENTS MASTER 1 MANAGEMENT PUBLIC ENVIRONNEMENTAL CONTENU DES ENSEIGNEMENTS Le Master 1 : Management Public Environnemental forme aux spécialités de Master 2 suivantes : - Management de la qualité o Parcours

Plus en détail

Master Etudes françaises et francophones

Master Etudes françaises et francophones Master Etudes françaises et francophones 1. modèle scientifique et profilage des contenus de la filière / Présentation et spécificités de la filière Les études romanes à Leipzig sont considérées comme

Plus en détail

M. F. PITA Departamento de Geografía Física. Universidad de Sevilla. C/ María de Padilla s.n. 41.002-SEVILLA (Espagne). mfpita@cica.

M. F. PITA Departamento de Geografía Física. Universidad de Sevilla. C/ María de Padilla s.n. 41.002-SEVILLA (Espagne). mfpita@cica. Un nouvel indice de sécheresse pour les domaines méditerranéens. Application au bassin du Guadalquivir (sudo-uest de l Espagne). En: Un nouvel indice de sécheresse pour les domaines méditerranéens. Application

Plus en détail

Stage à la Société Générale Ingénierie Financière. Note de Prise de Recul

Stage à la Société Générale Ingénierie Financière. Note de Prise de Recul Stage à la Société Générale Ingénierie Financière Note de Prise de Recul I. Rôle et Missions Assignés a. Description de l environnement de travail Au cours de mon stage, je travaille au sein du département

Plus en détail

Un écrivain dans la classe : pour quoi faire?

Un écrivain dans la classe : pour quoi faire? Un écrivain dans la classe : pour quoi faire? Entretien avec Philippe Meirieu réalisé pour l ARALD - Quel est votre sentiment sur la présence des écrivains dans les classes? Il me semble que ce n est pas

Plus en détail

Déterminants possessifs

Déterminants possessifs POSSESSIFS MATÉRIEL POUR ALLOPHONES 1 Déterminants Déterminants référents Déterminants possessifs Le déterminant possessif indique une relation d appartenance, de possession, de parenté, d origine, etc.,

Plus en détail

LE GUIDE COMPLET PRETS A PARIER

LE GUIDE COMPLET PRETS A PARIER LE GUIDE COMPLET PRETS A PARIER Ce guide va vous proposer deux manières de profiter des jeux «Prêts à Parier» disponibles sur le site Promoturf. Ces pronostics sont le résultat d une amélioration majeure

Plus en détail

OLIVIER DABÈNE Né le 07 juillet 1959

OLIVIER DABÈNE Né le 07 juillet 1959 OLIVIER DABÈNE Né le 07 juillet 1959 Professeur des universités en science politique à Sciences Po (Paris) Président de l Observatoire politique de l Amérique latine et des Caraïbes (OPALC) Chercheur au

Plus en détail

La RSE au service de la stratégie de l entreprise et de la création de valeur

La RSE au service de la stratégie de l entreprise et de la création de valeur La RSE au service de la stratégie de l entreprise et de la création de valeur La RSE est aujourd hui un enjeu de première importance pour les entreprises : il reflète la prise de conscience grandissante

Plus en détail

RÉSULTAT DISCIPLINAIRE RÈGLE DE RÉUSSITE DISCIPLINAIRE Programme de formation de l école québécoise Secondaire - 1 er cycle

RÉSULTAT DISCIPLINAIRE RÈGLE DE RÉUSSITE DISCIPLINAIRE Programme de formation de l école québécoise Secondaire - 1 er cycle RÉSULTAT DISCIPLINAIRE RÈGLE DE RÉUSSITE DISCIPLINAIRE Programme de formation de l école québécoise Secondaire - er cycle Direction générale de la formation des jeunes Octobre 006 Introduction Dans le

Plus en détail

UNIVERSITÉ PARIS-SORBONNE

UNIVERSITÉ PARIS-SORBONNE UNIVERSITÉ PARIS-SORBONNE ÉCOLE DOCTORALE CONCEPTS ET LANGAGE T H È S E pour obtenir le grade de DOCTEUR DE L UNIVERSITÉ PARIS-SORBONNE Discipline : LINGUISTIQUE Présentée et soutenue par : Zeina EL HELOU

Plus en détail

Exemple d utilisation des outils MicroSave-Africa au Brésil

Exemple d utilisation des outils MicroSave-Africa au Brésil Retour au sommaire Exemple d utilisation des outils MicroSave-Africa au Brésil BIM n 05-12 février 2002 Karin BARLET ; Bonnie BRUSKY Nous vous présentions en novembre dernier les outils d étude de marché

Plus en détail

LICENCE Administration publique Parcours : MANAGEMENT PUBLIC 2 ème année

LICENCE Administration publique Parcours : MANAGEMENT PUBLIC 2 ème année LICENCE Administration publique Parcours : MANAGEMENT PUBLIC 2 ème année CONTENU DES ENSEIGNEMENTS ET MODALITES D EVALUATION Semestre 1 : 30 crédits 9 EC obligatoires 1 EC optionnelle à choisir parmi 2

Plus en détail

EXPERIAN FOOTFALL: COMPTEZ-LES. ATTIREZ-LES. CONVERTISSEZ-LES.

EXPERIAN FOOTFALL: COMPTEZ-LES. ATTIREZ-LES. CONVERTISSEZ-LES. www.footfall.com + 33 1 55 12 10 00 EXPERIAN FOOTFALL: COMPTEZ-LES. ATTIREZ-LES. CONVERTISSEZ-LES. Vous ne pouvez pas augmenter votre rentabilité sans connaîtrevos clients sur le bout des doigts Comptez-les

Plus en détail

Devenez expert en éducation. Une formation d excellence avec le master Métiers de l Enseignement, de l Education et de la Formation

Devenez expert en éducation. Une formation d excellence avec le master Métiers de l Enseignement, de l Education et de la Formation Institut Universitaire de Formation des Maîtres Université de Provence - Aix-Marseille Université 20 ans d expérience dans la formation des professionnels dans les métiers de l enseignement, de l éducation

Plus en détail

Travailler en réseau. Know Cities: un proyecto de red

Travailler en réseau. Know Cities: un proyecto de red Travailler en réseau Know Cities: un proyecto de red Tamara Guirao-Espiñeira Conférence des Villes de l Arc Atlantique CVAA- CAAC-CCAA coordinator@atlanticcities.eu Juillet 2013 Origen del proyecto El

Plus en détail

«La famille, c est la première des sociétés humaines.»

«La famille, c est la première des sociétés humaines.» «La famille, c est la première des sociétés humaines.» La famille sera toujours la base des sociétés. Honoré de Balzac La famille est-elle la première des sociétés humaines? C est l hypothèse la plus souvent

Plus en détail

au concept de «développement durable» Pour une éducation ouverte sur le monde

au concept de «développement durable» Pour une éducation ouverte sur le monde Fiche prolongement 6 Du lien entre environnement et développement au concept de «développement durable» Pour une éducation ouverte sur le monde 20% de la population mondiale consomme 87 % des ressources

Plus en détail

SCIENCES DE L ÉDUCATION

SCIENCES DE L ÉDUCATION UniDistance 1 Centre d Etudes Suisse Romande Formation universitaire SCIENCES DE L ÉDUCATION En collaboration avec L Université de Bourgogne à Dijon Centre de Formation Ouverte et A Distance CFOAD UniDistance

Plus en détail

Les objectifs de l Autorité de Contrôle prudentiel

Les objectifs de l Autorité de Contrôle prudentiel Les objectifs de l Autorité de Contrôle prudentiel Le 8 mars 2010, la Ministre de l Economie de l Industrie et de l Emploi Christine Lagarde a installé la nouvelle Autorité de Contrôle Prudentiel (ACP).

Plus en détail

L Enseignement religieux au Luxembourg. Sondage TNS-ILRES Juillet 08 N 11

L Enseignement religieux au Luxembourg. Sondage TNS-ILRES Juillet 08 N 11 L Enseignement religieux au Luxembourg Sondage TNS-ILRES Juillet 08 11 5 av. Marie Thérèse L-2132 Luxembourg tél.: 44743-501 sesopi-ci@sesopi-ci.lu www.sesopi-ci.lu 978-2-9599806-3-3 Documentation Etude

Plus en détail

MASTER PROFESSIONNEL MÉDIATION ET MODÈLES DE DÉVELOPPEMENT. Description des UE, semestres 3 et 4 2011-2012

MASTER PROFESSIONNEL MÉDIATION ET MODÈLES DE DÉVELOPPEMENT. Description des UE, semestres 3 et 4 2011-2012 MASTER PROFESSIONNEL MÉDIATION ET MODÈLES DE DÉVELOPPEMENT Description des UE, semestres 3 et 4 2011-2012 UE 1 Médiation et communication dans les organisations 40h CM, 20h TD - 6 ECTS, coefficient 2 Session

Plus en détail

Où et quand cette photo a-t-elle été prise? Comment le devinez-vous?

Où et quand cette photo a-t-elle été prise? Comment le devinez-vous? Les textes de l exposition «Dictature et démocratie» et le questionnaire pédagogique sont assez longs. Nous vous conseillons donc de répartir les fiches de travail entre vos élèves et de mettre les réponses

Plus en détail

SEJOUR LINGUISTIQUE EN ESPAGNE (Région de La Seu d'urgell)

SEJOUR LINGUISTIQUE EN ESPAGNE (Région de La Seu d'urgell) 7940 CERIZAY Cadre du projet : SEJOUR LINGUISTIQUE EN ESPAGNE (Région de La Seu d'urgell) Ce projet se situe dans un contexte bien précis : - Ce séjour linguistique s inscrit dans le projet d établissement

Plus en détail

SECUENCIA 1 ASÍ SOY YO

SECUENCIA 1 ASÍ SOY YO SECUENCIA 1 ASÍ SOY YO NIVEAU : A1-A2 (début du 1 er trimestre de 2 nde ). Références au programme : Références au CECRL : Contexte culturel : - «l art de vivre ensemble» : l identité de la communauté

Plus en détail

Management Interculturel

Management Interculturel Management Interculturel La mondialisation et l ouverture des marchés ont permis l interconnexion des mondes. Ces phénomènes ont en même temps accéléré la mutation des modes de pensée et de consommation.

Plus en détail

ASSURANCES. Votre partenaire formation continue. MODULES Salaires et Assurances dans la pratique : débutant, avancé, confirmé

ASSURANCES. Votre partenaire formation continue. MODULES Salaires et Assurances dans la pratique : débutant, avancé, confirmé ASSURANCES MODULES Salaires et Assurances dans la pratique : débutant, avancé, confirmé CERTIFICAT Généraliste en assurances sociales Votre partenaire formation continue www.virgile.ch tél. 021 921 19

Plus en détail

«rend service» Xavier FONTANET

«rend service» Xavier FONTANET 198 LA REVUE CIVIQUE LA REVUE CIVIQUE 199 L entreprise «rend service» Xavier FONTANET Ancien Président du Groupe Essilor, Xavier Fontanet a créé une Fondation qui porte son nom, dédiée à l explication

Plus en détail

Vers une Cour suprême? Par Hubert Haenel Membre du Conseil constitutionnel. (Université de Nancy 21 octobre 2010)

Vers une Cour suprême? Par Hubert Haenel Membre du Conseil constitutionnel. (Université de Nancy 21 octobre 2010) Vers une Cour suprême? Par Hubert Haenel Membre du Conseil constitutionnel (Université de Nancy 21 octobre 2010) Le Conseil constitutionnel a fêté, il y a deux ans, son cinquantième anniversaire. Cet événement

Plus en détail

J adresse mes plus vifs remerciements à Monsieur Bernard Lamizet et à Monsieur Jacky Buffet, professeurs à l Institut d Etudes Politiques de Lyon,

J adresse mes plus vifs remerciements à Monsieur Bernard Lamizet et à Monsieur Jacky Buffet, professeurs à l Institut d Etudes Politiques de Lyon, J adresse mes plus vifs remerciements à Monsieur Bernard Lamizet et à Monsieur Jacky Buffet, professeurs à l Institut d Etudes Politiques de Lyon, qui ont suivi avec attention mon travail et m ont donné

Plus en détail

www.u-bordeaux3.fr Master 2 professionnel Soin, éthique et santé Mention Philosophie

www.u-bordeaux3.fr Master 2 professionnel Soin, éthique et santé Mention Philosophie www.u-bordeaux3.fr Master 2 professionnel Soin, éthique et santé Mention Philosophie Une formation approfondie à la réflexion éthique appliquée aux secteurs du soin et de la santé En formation continue,

Plus en détail

eduscol Ressources pour la voie professionnelle Français Ressources pour les classes préparatoires au baccalauréat professionnel

eduscol Ressources pour la voie professionnelle Français Ressources pour les classes préparatoires au baccalauréat professionnel eduscol Ressources pour la voie professionnelle Ressources pour les classes préparatoires au baccalauréat professionnel Français Présentation des programmes 2009 du baccalauréat professionnel Ces documents

Plus en détail

This is an author-deposited version published in: http://oatao.univ-toulouse.fr/ Eprints ID: 13326

This is an author-deposited version published in: http://oatao.univ-toulouse.fr/ Eprints ID: 13326 Open Archive Toulouse Archive Ouverte (OATAO) OATAO is an open access repository that collects the work of Toulouse researchers and makes it freely available over the web where possible. This is an author-deposited

Plus en détail

LE DECRET STATUTAIRE RELATIF AUX ENSEIGNANTS-CHERCHEURS (par le bureau du Collectif pour la Défense de l Université)

LE DECRET STATUTAIRE RELATIF AUX ENSEIGNANTS-CHERCHEURS (par le bureau du Collectif pour la Défense de l Université) LE DECRET STATUTAIRE RELATIF AUX ENSEIGNANTS-CHERCHEURS (par le bureau du Collectif pour la Défense de l Université) Après avoir fait adopter sa loi «Libertés et Responsabilités des Universités» en plein

Plus en détail

B. SERVICE ETAT CIVIL

B. SERVICE ETAT CIVIL B. SERVICE ETAT CIVIL Seuls les ressortissants portugais peuvent se marier au Consulat. Les futurs époux ayant la double nationalité doivent se marier à la Mairie. Les mariages entre ressortissants portugais

Plus en détail

Arts, Lettres, Langues. Langues, Littératures et Civilisations Etrangères (LLCE) spécialité Anglais

Arts, Lettres, Langues. Langues, Littératures et Civilisations Etrangères (LLCE) spécialité Anglais Niveau : LICENCE année Domaine : Mention : Volume horaire étudiant : Arts, Lettres, Langues Langues, Littératures et Civilisations Etrangères (LLCE) spécialité Anglais 144h à 226h 220h à 316h 12h à 36h

Plus en détail

HISTOIRE / FRANCAIS CYCLE 3 TITRE : L UNION FAIT LA FORCE (1915), LA FRANCE ET SES ALLIÉS

HISTOIRE / FRANCAIS CYCLE 3 TITRE : L UNION FAIT LA FORCE (1915), LA FRANCE ET SES ALLIÉS HISTOIRE / FRANCAIS CYCLE 3 TITRE : L UNION FAIT LA FORCE (1915), LA FRANCE ET SES ALLIÉS DOCUMENT : 1979. 29489 (1). «L'Actualité. L'union fait la force. Jeu stratégique». Sans éditeur. Vers 1915. PLACE

Plus en détail

Forum Web et Innovation Sociale

Forum Web et Innovation Sociale Forum Web et Innovation Sociale L entreprise, Foyer d Innovation Sociale 1 Présentation finale forum web et innovation sociale.pptx Six mutations changent le business La fin des temps modernes Les basculements

Plus en détail

Considérations sur la crise et le marché intérieur 1

Considérations sur la crise et le marché intérieur 1 Considérations sur la crise et le marché intérieur 1 Auteurs : Jacques Potdevin : Président de la Fédération des Experts comptables Européens (FEE - Federation of European Accountants 2 ) de 2007 à 2008.

Plus en détail

Investissements et R & D

Investissements et R & D Investissements et R & D Faits marquants en 2008-2009 - L investissement de l industrie manufacturière marque le pas en 2008 et se contracte fortement en 2009 - Très fort recul de l utilisation des capacités

Plus en détail

Présentation du programme. de physique-chimie. de Terminale S. applicable en septembre 2012

Présentation du programme. de physique-chimie. de Terminale S. applicable en septembre 2012 Présentation du programme de physique-chimie de Terminale S applicable en septembre 2012 Nicolas Coppens nicolas.coppens@iufm.unistra.fr Comme en Seconde et en Première, le programme mélange la physique

Plus en détail

Les cinq premiers pas pour devenir vraiment agile à XP Day Suisse 2009 par Pascal Van Cauwenberghe et Portia Tung: La Rétrospective

Les cinq premiers pas pour devenir vraiment agile à XP Day Suisse 2009 par Pascal Van Cauwenberghe et Portia Tung: La Rétrospective Ce qui était bien Ce qui n était pas bien Questions J ai appris Bon résumé des valeurs Simplicité du format Présentateurs sympathiques et joie communicative Bonbons Utilisation réelle du feedback Présentation

Plus en détail

Il y a un temps pour tout «Il y a un temps pour tout et un moment pour chaque chose», dit l Ecclésiaste signifiant ainsi à l homme qui veut accéder à

Il y a un temps pour tout «Il y a un temps pour tout et un moment pour chaque chose», dit l Ecclésiaste signifiant ainsi à l homme qui veut accéder à Il y a un temps pour tout «Il y a un temps pour tout et un moment pour chaque chose», dit l Ecclésiaste signifiant ainsi à l homme qui veut accéder à la sagesse qu il lui faut, avant tout, adapter ses

Plus en détail

Un atelier philo pour se reconnaitre hommes et femmes

Un atelier philo pour se reconnaitre hommes et femmes Débat et argumentation Un atelier philo pour se reconnaitre hommes et femmes à travers le partage d expériences «La question se pose de savoir si le lien social ne se constitue que dans la lutte pour la

Plus en détail

Economie Générale Initiation Ecole des Ponts - ParisTech

Economie Générale Initiation Ecole des Ponts - ParisTech Economie Générale Initiation Ecole des Ponts - ParisTech Stéphane Gallon Caisse des Dépôts stephane.gallon@caissedesdepots.fr https://educnet.enpc.fr/course/view.php?id=2 1 Macroéconomie : croissance à

Plus en détail

MASTER ARTS DU SPECTACLE, COMMUNICATION ET MÉDIAS (ETUDES THÉÂTRALES)

MASTER ARTS DU SPECTACLE, COMMUNICATION ET MÉDIAS (ETUDES THÉÂTRALES) MASTER ARTS DU SPECTACLE, COMMUNICATION ET MÉDIAS (ETUDES THÉÂTRALES) RÉSUMÉ DE LA FORMATION Type de diplôme : Master (LMD) Domaine : Arts, Lettres, Langues Présentation Structure de la formation : * 4

Plus en détail

ÉCONOMIE en Licence PRÉ-REQUIS ORGANISATION / VOLUME HORAIRE LES DÉBOUCHÉS DE LA FILIÈRE POURSUITES D ÉTUDES / PASSERELLES

ÉCONOMIE en Licence PRÉ-REQUIS ORGANISATION / VOLUME HORAIRE LES DÉBOUCHÉS DE LA FILIÈRE POURSUITES D ÉTUDES / PASSERELLES 2013-2014 ÉCONOMIE en Licence Les informations présentes dans ce document sont valables pour l'année 2013-2014. D'importantes modifications interviendront pour l'année 2014-2015. Il s agit d un cursus

Plus en détail

Le Québec, terre de traduction

Le Québec, terre de traduction Le Québec, terre de traduction S il est un endroit au monde où les traducteurs ont un marché établi, c est bien le Canada. Et le Québec, au sein du Canada, jouit d une situation encore plus privilégiée.

Plus en détail

Comment adapter une application Web pour un nouveau marché?

Comment adapter une application Web pour un nouveau marché? Referência completa para citação: FREITAS, P. H. N. R.; FREITAS, H.; JANISSEK-MUNIZ, R.; ANDRIOTTI, F. K.; KRAFTA, L. Comment adapter une application Web pour un nouveau marché? In: 5º. IFBAE Congresso

Plus en détail

Rapport d évaluation du master

Rapport d évaluation du master Section des Formations et des diplômes Rapport d évaluation du master Traduction de l Université Lille 3 Sciences humaines et sociales Charles de Gaulle Vague E 2015-2019 Campagne d évaluation 2013-2014

Plus en détail

O EU PELO NÓS? JE PAR NOUS? Que tal mudarmos. Et si on remplaçait. Juntos, NÓS somos mais valiosos! Car ensemble, NOUS valons plus!

O EU PELO NÓS? JE PAR NOUS? Que tal mudarmos. Et si on remplaçait. Juntos, NÓS somos mais valiosos! Car ensemble, NOUS valons plus! 44 e RAPPORT ANNUEL 2012 / 44 o RELATÓRIO ANUAL 2012 Et si on remplaçait JE PAR NOUS? Car ensemble, NOUS valons plus! Que tal mudarmos O EU PELO NÓS? Juntos, NÓS somos mais valiosos! 44 e RAPPORT ANNUEL

Plus en détail

MASTER Les pensées du projet

MASTER Les pensées du projet MASTER Les pensées du projet L ARCHITECTURE COMME DISCIPLINE EQUIPE ENSEIGNANTE Christian Blachot ingénieur, responsable de l équipe Patrick Chedal-Anglay Charles Chifflet Anne Coste -historienne Guy Depollier

Plus en détail

La France est-elle compétitive?

La France est-elle compétitive? La France est-elle compétitive? Cafés Géographiques de Montpellier Gilles Ardinat, professeur agrégé et docteur en Géographie, enseignant à l Université Paul Valéry, Montpellier III C est à l occasion

Plus en détail

RÉSUMÉ DU PLAN STRATÉGIQUE DE RECHERCHE (2013-2018) Une culture de l excellence en recherche et en développement

RÉSUMÉ DU PLAN STRATÉGIQUE DE RECHERCHE (2013-2018) Une culture de l excellence en recherche et en développement RÉSUMÉ DU PLAN STRATÉGIQUE DE RECHERCHE (2013-2018) Une culture de l excellence en recherche et en développement La recherche à l Université Sainte-Anne L Université Sainte-Anne, par son emplacement géographique,

Plus en détail

L ACCOMPAGNEMENT DES EQUIPES où le temps de «l entreprise en transition»?

L ACCOMPAGNEMENT DES EQUIPES où le temps de «l entreprise en transition»? L ACCOMPAGNEMENT DES EQUIPES où le temps de «l entreprise en transition»? Nous vivons tous et toutes au sein des organisations et une grande partie de notre vie, nous conduit à agir et vivre au cœur même

Plus en détail

C R É D I T A G R I C O L E A S S U R A N C E S. Des attitudes des Européens face aux risques

C R É D I T A G R I C O L E A S S U R A N C E S. Des attitudes des Européens face aux risques C R É D I T A G R I C O L E A S S U R A N C E S Observatoire Ipsos-LogicaBusiness Consulting/Crédit Agricole Assurances Des attitudes des Européens face aux risques Fiche technique Ensemble : 7245 répondants

Plus en détail

Modifier les comportements individuels ou reconfigurer les pratiques sociales?

Modifier les comportements individuels ou reconfigurer les pratiques sociales? Modifier les comportements individuels ou reconfigurer les pratiques sociales? Succès et angles morts d expériences japonaises Atelier Expérimental Imu Alpha «Interdisciplinarités et usages de l énergie

Plus en détail